sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Bastidores das Gravações do Programa Mais Você

Foi um grade prazer para o Grupo Zabelê de Pirapora representar a cultura barranqueira com os nossos batuques, sambas de roda e carneiros. Obrigado ao Maurício Cotta pelo convite e por valorizar a nossa cultura, suas raízes. 
Maquiagem e preparação para entrar em cena. (foto: Graziela Acácio)

Zabelê pronto para recepcionar com muito samba de roda os participantes do programa. (foto: Graziela Acácio)
Zabelê pronto para recepcionar com muito samba de roda os participantes do programa. (foto: Graziela Acácio)


Coral apostos para tocar e cantar sambas-de-roda, carneiros e lundus. (foto: Graziela Acácio)



Todos os participantes receberam as boas-vindas com samba-de-roda. (foto: Graziela Acácio)

Mariângela Diniz contando lendas do Rio São Francisco. 























































































Veja o vídeo aqui

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Zabelê no programa Mais Você



O Piraporense Maurício Cotta concorre no quadro Jogo de Panelas, do programa Mais Você, com um jantar típico das barrancas do Velho Chico, direto do sertão de Guimarães Rosa. O Zabelê é a atração do jantar, representando a cultura barranqueira.


As danças ribeirinhas representadas aqui são os BATUQUES e têm origem na cultura negra:

O Samba de roda
que chegou no norte de minas junto com os Baianos e outros nordestinos que subiram o Velho Chico e vieram povoar as cidades ribeirinhas como São Romão, Pirapora, Buritizeiro, e tantas outras.

O Lundu, 
que segundo o folclorista Domingos Diniz, é uma forma de batuque. Também conhecido como Lundum, Landu, Londu e Landum. Foram os Bantos que trouxeram o lundu para o Brasil. Em Pirapora o Lundu ainda é dançado na época dos festejos das Folias de Reis. Os dançadores em círculo cantam e batem palmas revesando-se na dança, acompanhados dos violeiros e tocadores de caixa, pandeiro e cavaquinho.

O Carneiro, 
mais um batuque típico da região do alto médio São Francisco. Segundo o antropólogo e folclorista Saul Martins o carneiro é uma variante da umbigada, presente nos municípios de Pirapora, São Romão, São Francisco e Januária. O ritmo acelerado deste batuque marca a dança onde em lugar de umbigadas os dançadores dão de ombros representando o movimento de marrada do carneiro.

Marrada = movimento que alguns animais fazem dando pancadas com a cabeça ou com os chifres.



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Moçambique - I Festival Nacional e Internacional de Danças e Etnias de Montes Claros


Zabelê no I Festival Nacional e Internacional de Etinias de Montes Claros. 

O cortejo para Nossa Senhora do Rosário e os versos declamados pela atriz Elaine Ramos abrem a apresentação da dança do Moçambique. Viva o Congado! 

Saiba mais sobre a dança "Moçambique" aqui

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Xaxado

Zabelê dança o Xaxado no Festival Internacional de Folclore, 2012.

Xaxado é o nome de um ritmo, um tipo de música característica da região nordeste do Brasil. O mesmo nome é usado para designar a dança folclórica brasileira que se desenvolve a partir deste ritmo.
Há muitas controvérsias sobre a origem do Xaxado: alguns defendem que a dança tem origem em Portugal; outros dizem que o Xaxado é uma variação do Baião; o folclorista Roberto Benjamim defende a tese de que o xaxado possui origem indígena, tendo surgido em Pernambuco, na região de Pajeú e Moxotó; já o pesquisador Luís Câmara Cascudo afirma que o Xaxado é uma dança originária do Sertão de Pernambuco ligada ao cangaço.

Zabelê dança o Xaxado no Festival Internacional de Folclore, 2012.

Xaxado com o Grupo Zabelê, no Forrozando (Pirapora, 2011)

Há quem diga que o nome Xaxado se deve ao som (xa-xa-xa) que as alpercatas produzem devido ao passo pisado e arrastado pelo chão. Mas o nome Xaxado também pode ser relacionado com a atividade de 'xaxar' a bagem do feijão depois de colhida.
Outra teoria é que os cangaceiros dançavam uma coreografia conhecida como Pisada enquanto cantavam o Xaxado. Com o tempo o mesmo nome foi sendo usado para designar tanto a música quanto a dança.
Diferente do Xote, o Xaxado não está presente em todo o país. É uma das poucas heranças culturais deixadas pelo movimento do Cangaço, tornando-se uma dança típica do folclore nordestino, concentrando-se nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba.
A dança do Xaxado é bem simples, apresentando poucas variações. Originalmente dança-se em fila indiana marcando o sapateado característico no chão. Entre as as variações está a coreografia em duas filas que dançam uma defronte a outra. 

Zabelê dança o Xaxado em Pirapora, na festa junina do Forrozando (2014)

A música pode ser cantada por um cantador que 'tira os versos' e os dançadores que respondem os versos e marcam o sapateado no chão. Além da marcação das alpercatas podem ser incluídos instrumentos de percussão como a zabumba, caixas, triângulo e os instrumentos melódicos e harmônicos como os pífaros e a sanfona.
O Xaxado é a dança do Cangaço, dançada pelos homens de Lampião entre os anos de 1920 e 1930. A princípio, como no cangaço não havia a figura feminina, dançavam somente homens acompanhados de seus rifles. A entrada de Maria Bonita para o bando, marca também a entrada da mulher na coreografia do Xaxado.

Zabelê dança o Xaxado no Festival Internacional de Folclore, 2012.


Hoje a música e a dança do Xaxado estão presentes nas festas juninas em várias partes do Brasil, mas é no nordeste a casa do xaxado dos homens de Lampião.

"É lampa é lampa é lampa
é lampa é Lampião
Seu nome é Virgulino 
o apelido é lampião"

Zabelê dança o Xaxado no Forrozando, em Pirapora (2014)

Zabelê dança o Xaxado no Festival Internacional de Folclore, 2012.



Performance poética de Elaine Ramos apresentando o Xaxado, 2012
Apresentação da coreografia do Xaxado em Poços de Caldas, 2013
Xabelê encena a chegada do Bando de Lampião para dançar Xaxado em Belo Horizonte, 2012.




terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dança Zabelê!

Em novembro o Zabelê faz 30 anos! 
Este clipe registra alguns momentos dessa história: o Show do Grupo Zabelê no Festival Internacional do Folclore em 2007 (Dança: Reisado de Bois); a apresentação de danças juninas no Forrozando com Você em 2012 (Danças: Pastoril do Comercinho dos Pretos e Xaxado); e as primeiras apresentações da dança do Retumbão, em 2011, na Feira de Arte e Cultura de Pirapora e durante o 1º Simpósio da Rede de Saúde de Pirapora.
Longa vida ao Grupo Parafolclórico Zabelê e Viva à Cultura Brasileira!

domingo, 2 de novembro de 2014

Ensaios, Bastidores, Carnaval, Viagens, ...


Zabelê recebe o Premio Troféu Timoneiros, categoria "Destaque da Cultura", 2012
Ensaio na sede do Graau, em Belo Horizonte. 2013

Ensaios do Cortejo de Nossa Senhora do Rosário


Encontro de Grupos Folclóricos no Conservatório da UFMG, Belo Horizonte, 2012.

A caminho de Poços de Caldas, 2013.

Viagem para apresentação na Expominas em Belo Horizonte, 2012.

Bastidores da apresentação na Expominas em Belo Horizonte, 2013.

Bastidores da apresentação da Dança do Coco-de-roda, 2014.

Grupo Zabelê no carnaval de 2010. Comissão de frente da Escola Unidos do São Francisco, Pirapora/MG.

Zabelê no Carnaval 2011. Comissão de Frente do Bloco Carnavalesco Vó Bilu, Pirapora/MG.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Coco-de-roda

                                                                                                                                       Show do Zabelê no Forrozando 2014
Coco é uma dança brasileira que tem origem no encontro da cultura negra com os povos indígenas. Acredita-se que o ritmo do coco tenha surgido no século XVII, no Quilombo dos Palmares, região que hoje faz parte do estado de Alagoas.
O ritmo teria se originado a partir da atividade da quebra do coco para se retirar a amêndoa. Os quilombolas usavam tamancas com solas de madeira e realizavam essa tarefa com movimentos cadenciados.
Outra hipótese sugere que a tradição da dança do coco surgiu nas comunidades rurais a partir do costume de realizar uma festa em comemoração a construção das casas de pau-a-pique. Os participantes da festa dançavam o coco para comemorar a conclusão da obra e para nivelar o piso das casas.
Coco, que é ao mesmo tempo nome do ritmo e da dança, se difundiu por vários estados do Nordeste do Brasil, estando presente principalmente em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em cada estado apresenta variações na estrutura coreográfica e nas características da música (ritmo, melodias, letras). Da mesma forma, o ritmo recebe nomes diferentes como Coco-de-roda, Coco-de-praia, Coco-de-embolada, Coco-do-sertão, Coco-de-umbigada, Coco-de-ganzá ou Coco-de-Zambê.
Embora tenha surgido no interior, o coco se difundiu também pelo litoral destes estados, estando presente nas festas populares de todo o litoral do sertão nordestino.
Em Alagoas o coco chegou aos salões no final do século XIX, o que fez com que a dança agregasse elementos coreográficos das danças européias.
O ritmo é executado por pandeiro, surdo, triângulo e ganzá e acompanhados pelos sons das tamancas de madeira e pelas palmas dos dançadores, além da cantoria com versos simples. A coreografia é realizada em pares, fileiras e rodas e cada grupo recria a dança acrescentando características do grupo e da população local.




                                                                                                                                                       Imagens de Ivan Rodrigues

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Lundu Marajoara

Vestindo saias longas, coloridas e bem rodadas, blusas de renda branca, colares e pulseiras vistosas e arranjos de flores nos cabelos, as mulheres tentam resistir aos convites dos parceiros que dançam e as convidam pra dançar o Lundu Marajoara. Essa dança paraense é uma encenação de um cortejo extremamente sensual. Os casais dançam de pés descalços ao som de rabecas (violinos), clarinete, ganzás, reco-reco, maracas, banjo e cavaquinho. 



O Lundu tem suas origens na África e está presente nos estados brasileiros de São Paulo, Minas Gerais e no Pará. Na ilha de Marajó-PA o Lundu assimilou características da cultura local, razão pelo qual o Lundu Marajoara se destaca e encanta turistas e admiradores do ritmo e da dança sensual. 
A marca da sensualidade nos movimentos ondulantes, voluptuosos e nas umbigadas fizeram com que a côrte e o Vaticano proibissem a dança no século XIX. Mas com o tempo a proibição caiu no esquecimento e o Lundu ressurgiu, tornando-se uma das mais interessantes danças do folclore brasileiro.




Festival Internacional do Folclore, em Pirapora, 2012