O Grupo de Danças Parafolclóricas Zabelê de Pirapora é um coletivo de artistas da dança e da música que se dedicam a pesquisar e a projetar o folclore brasileiro. Pesquisar e estudar a cultura popular desse país tão plural é a forma que encontramos de buscar no folclore a alegria e a sabedoria popular. Desde que foi criado, em 1984, o Grupo Zabelê reassume a cada dia o compromisso de exaltar a cultura brasileira representando com respeito e reverência as nossas danças e ritmos populares.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Coco-de-roda
Show do Zabelê no Forrozando 2014 |
O ritmo teria se originado a partir da atividade da quebra do coco para se retirar a amêndoa. Os quilombolas usavam tamancas com solas de madeira e realizavam essa tarefa com movimentos cadenciados.
Outra hipótese sugere que a tradição da dança do coco surgiu nas comunidades rurais a partir do costume de realizar uma festa em comemoração a construção das casas de pau-a-pique. Os participantes da festa dançavam o coco para comemorar a conclusão da obra e para nivelar o piso das casas.
O Coco, que é ao mesmo tempo nome do ritmo e da dança, se difundiu por vários estados do Nordeste do Brasil, estando presente principalmente em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em cada estado apresenta variações na estrutura coreográfica e nas características da música (ritmo, melodias, letras). Da mesma forma, o ritmo recebe nomes diferentes como Coco-de-roda, Coco-de-praia, Coco-de-embolada, Coco-do-sertão, Coco-de-umbigada, Coco-de-ganzá ou Coco-de-Zambê.
Embora tenha surgido no interior, o coco se difundiu também pelo litoral destes estados, estando presente nas festas populares de todo o litoral do sertão nordestino.
Em Alagoas o coco chegou aos salões no final do século XIX, o que fez com que a dança agregasse elementos coreográficos das danças européias.
O ritmo é executado por pandeiro, surdo, triângulo e ganzá e acompanhados pelos sons das tamancas de madeira e pelas palmas dos dançadores, além da cantoria com versos simples. A coreografia é realizada em pares, fileiras e rodas e cada grupo recria a dança acrescentando características do grupo e da população local.
Imagens de Ivan Rodrigues |
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Lundu Marajoara
Vestindo saias longas, coloridas e bem rodadas, blusas de renda branca, colares e pulseiras vistosas e arranjos de flores nos cabelos, as mulheres tentam resistir aos convites dos parceiros que dançam e as convidam pra dançar o Lundu Marajoara. Essa dança paraense é uma encenação de um cortejo extremamente sensual. Os casais dançam de pés descalços ao som de rabecas (violinos), clarinete, ganzás, reco-reco, maracas, banjo e cavaquinho.
O Lundu tem suas origens na África e está presente nos estados brasileiros de São Paulo, Minas Gerais e no Pará. Na ilha de Marajó-PA o Lundu assimilou características da cultura local, razão pelo qual o Lundu Marajoara se destaca e encanta turistas e admiradores do ritmo e da dança sensual.
A marca da sensualidade nos movimentos ondulantes, voluptuosos e nas umbigadas fizeram com que a côrte e o Vaticano proibissem a dança no século XIX. Mas com o tempo a proibição caiu no esquecimento e o Lundu ressurgiu, tornando-se uma das mais interessantes danças do folclore brasileiro.
Festival Internacional do Folclore, em Pirapora, 2012 |
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
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