quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Danças do Folclore Barranqueiro

A Catira, o Recortado, o Engenho, o Jacaré, o Abre-a-roda e a Margarida, são as danças barranqueiras recriadas pelo Grupo Zabelê. Essas danças vêm das barrancas do Rio São Francisco junto com os sons da sanfona, violas e da caixa rasgando o ar.


"Forrozando nas Escolas" (1998), Zabelê dança nas escolas públicas as Danças Barranqueiras e Quadrilhas


A batida forte da caixa estremece o terreiro e o coração da gente!
Homens e mulheres brincam horas a fio com os cantos, o bom sapateado e as palmas bem marcadas. A alegria é constante na vida deste povo que vive de maneira simples e dão uma singular singeleza à dança. 

A noite é pequena para dançar e cantar.

"Margarida tá chorando por causa de um paletó
Cala a boca Margarida, que eu te dou outro melhor..."
Texto de Mariângela Diniz



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ciranda de Paraty

                                                                                                          Apresentação da Ciranda no Forrozando com Você 2011
Dança de origem portuguesa, onde os dançarinos, em pares, formam uma grande roda de braços dados.
As marcações da ciranda são feitas através de versos como: "Vamos dar a meia volta" e "Cavalheiro troca o par".
A Ciranda é tradição em diversos cantos do nosso Brasil, se moldando com faces específicas em diferentes regiões.
A Ciranda de Paraty era conhecida como Chiba, que nada mais era do que um baile da roça. Esses bailes duravam toda a noite, e as pessoas executavam diversos tipos de danças. 
Na bela cultura de Paraty, a Ciranda ainda encanta enquanto homens e mulheres dançam e cantam:

"ô balanceia como é bom balancear..."





Show do Grupo Zabelê na Festa Uai de Poços de Caldas, 2013

Reisado de Bois ou Reis de Bois

O Reisado de Bois, Reis de Bois ou Boi de Reis está presente em vários estados do Brasil, sobretudo na região nordeste do país.
E o mais completo auto natalino brasileiro composto por canto, dança, dramatização e poesia.  Essa tradição tem origem no teatro popular medieval da península ibérica, sendo uma homenagem aos Santos Reis que se mistura com os folguedos do Bumba-meu-boi. 
O Natal abre para o povo nordestino o tempo das grandes festas. Sobressai nas ruas e praças o folguedo popular: o Reisado de Boi para louvar o Deus Menino.
As apresentações e os entremeios deste reisado varia de região para região, participando das encenação e dança entre 12 e 20 integrantes. 
O Boi ganha as ruas e as praças cantando dançando e alegrando o povo.

"... O senhor dono da casa
hora de ser festejado!"

Representação do Folguedo do Reisado de Bois,  Pirapora - 2001

Apresentação do Reis de Bois na UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais), Belo Horizonte











































Reisado de Bois apresentado no Centro de Convenções de Pirapora em 2011


O Boi e o Guia



domingo, 21 de setembro de 2014

Parafolclórico?

Afinal o que significa ser um grupo PARAFOLCLÓRICO

O Zabelê surgiu para pesquisar e representar o folclore e a cultura brasileira por meio da apresentação das suas danças, cantos e da encenação dos seus folguedos e ritos. 
O FOLCLORE é o saber popular. A transmissão desse sabere se dá oralmente dentro de um grupo. A função das manifestações folclóricas está ligada a aspectos da vida social e cultural do indivíduo, grupo ou da localidade: suas crenças, modos de fazer, rituais, etc.
Quando representamos o folclore, estamos utilizando dessas manifestações para fins educativos, estéticos, recreativos, informativos entre outros. Dessa forma, a transmissão desses saberes populares por meio de estudos, livros, pesquisas, documentários e outras fontes faz com que o trabalho do Grupo Zabelê seja considerado Parafolclórico. 
Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, de 1995, grupos de pesquisa e projeção do folclore são formados por pessoas que não são portadoras das tradições representadas, mas que se reúnem formalmente para aprenderem as danças e os folguedos para depois representá-los. 
Assim é o trabalho do Grupo Parafolclórico Zabelê de Pirapora.




Viva à Bahia

Show Viva à Bahia - Cine Vitória em Pirapora, 1984
Em 1984 jovens artistas piraporenses se reuniram para criar um grupo folclórico em Pirapora. Nascia o Zabelê, que na década de 90 deixaria de ser um grupo folclórico para se tornar um grupo de pesquisa e projeção do folclore brasileiro, ou seja, o Grupo Parafolclórico Zabelê.

Viva à Bahia é o nome do espetáculo de estréia deste grupo. O roteiro do show de estreia do Zabelê trazia:

1 - Puxada de Rede
2 - Capoeira 
3 - Sambas de Roda
4 - Benditos de Chuva
5 - Cantos de Trabalho - Abôio / Bata de Feijão / Cantos de Pilão
6 - Rancho da Burrinha 

O show Viva à Bahia foi apresentado para aproximadamente 500 pessoas no Cine Vitória, em 03 de novembro de 1984. 



Ao centro da foto Mariângela Diniz, fundadora do Grupo Zabelê




Pastoril

A tradição das Pastorinhas foi iniciada no Brasil pelos portugueses no século XVI. São danças de origem portuguesa, dramatizadas por moças, representando a visita dos pastores (ou das pastoras no caso da dança) que seguem para Belém para homenagear o menino Jesus. As moças cantam e dançam com roupas coloridas durante os festejos natalinos.
Apresentação do Pastoril, Grupo Zabelê no Encontro Internacional do Graau em Belo Horizonte, 1996


Os cordões azul e encarnado saem pelas ruas homenageando a chegada do Deus Menino. Os cordões disputam entre si a melhor cantoria com seus personagens peculiares: a Mestra, a Contramestra, a Diana, a Borboleta e outros que visitam os presépios das casas e das igrejas levando alegria.

Huella

Huellas - palavra argentina que significa marcas que permanecem depois de passar um caminho. Pode ser usada significando sinais. Deixar sinais de sua presença, ou sinal de que alguém esteve no lugar.


                                                                                                                                                               Foto: Ivan Rodrigues


Huella é também o nome de uma dança gaúcha, de origem argentina com características flamenca.


Esta formosa dança de música tão sentida, delicada e melancólica traduz a conquista e a sedução entre os casais.

Forrozando com Você 2014 (Festa Popular de Pirapora/MG)







Forrozando com Você 2011 - Praça da Estação de Pirapora/MG



Zabelê dança a Hella na Expociapi 2011 - Pirapora

Rancho da Burrinha

Na Bahia, o Rancho da Burrinha, é uma brincadeira natalina das mais tradicionais. O Rancho sai pelas ruas visitando casas e presépios de igrejas louvando o Menino Jesus com cânticos característicos de reisado e marchas de andanças.
A burrinha é representada por um indivíduo "vestindo" uma armação com a forma da burrinha. A cabeça é feita de madeira ou papelão grosso reproduzindo a forma do animal, com narinas, olhos, orelhas, boca e crina. A parte de trás da fantasia é coberta de panos vistosos e coloridos, e na extremidade está o rabicho da burrinha. Pode-se costurar as quatro patas do anima nas laterais da fantasia, mas em geral essas não existem e aparecem somente as pernas do brincante. Da boca da burrinha saem as rédeas que o brincante puxa para fazer os movimentos livres, trotes e galopes, ao som dos ternos que são acompanhados por viola, ganzá e pandeiro.

Apresentação do Rancho da Burrinha em 1999

Burrinha e o Guia, apresentação no Hotel Canoeiros em Pirapora, 2001

Rancho da Burrinha, Pirapora - 1999

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Retumbão

O Retumbão tem sua origem no estado do Pará, no século XVIII, quando se formaram grupos de dança para compor a Marujada, que é um auto dramatizado composto de música e dança.
Em Bragança (PA), no ano de 1798, os escravos conseguiram a autorização dos senhores para organizarem a Irmandade de São Benedito. Daí, fizeram a primeira festa, indo de casa em casa para dançar e cantar em louvor ao santo.
A Marujada de Bragança é caracterizada basicamente pela dança. O Retumbão é o motivo musical principal, sendo a primeira e a mais importante dança da marujada.
Essa irmandade da marujada de Bragança é ímpar por ser dirigida e organizada por mulheres, ficando os homens com os papéis de tocadores ou simples acompanhantes. A “Capitoa” é quem dita a direção e organização do grupo, indicando a “sub-capitoa” que é quem assume o bastão da direção após sua morte ou renúncia.
Não há na marujada qualquer dramatização de feito marítimo. Também não há canto, a música é simplesmente instrumental e os instrumentos utilizados são o tambor grande, tambor pequeno, cuíca, pandeiro, rabeca, viola, cavaquinho e violino. O ritmo do Retumbão é uma variação do Lundu, embora a dança seja completamente diferente.
O nome da dança se deve a impressão que os portugueses tinham quando ouviam de longe a música e diziam ter a sensação de que tudo “retumbava”.

Nas festividades em devoção a São Benedito, a Marujada de Bragança se enfeita com chapéus de palha cobertos de tecido branco e adornados com flores e doze fitas coloridas, cordão de ouro e medalhas ou colares de contas, saias rodadas vermelhas ou brancas, com faixa larga na cintura, blusas brancas de renda, todos descalços e a “Capitoa” com um bastão dourado na mão guiando a marujada na dança ritmada que saúda e reverencia o santo negro.


Minas Tour 2012, em Belo Horizonte

Zabelê apresenta a coreografia do Retumbão no Minas Tour 2012




                                                                                                                                                               Fotos: Ivan Rodrigues

Show do Zabelê no Festival Gastronômico de Pirapora, 2012

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Cavalo Marinho

                                        Cavalo Marinho e o Mestre (ou guia) - participação do Zabelê no Auto de Natal do Projeto 2005
 O Cavalo Marinho é um folguedo do folclore nordestino, presente na região da Zona da Mata de Pernambuco e no Agreste da Paraíba. Assim como o Bumba-meu-boi o cavalo marinho é uma dança dramática música, dança, poesia improvisada, encenação, máscaras e fantasias. Faz parte dos festejos natalinos em homenagem aos três reis magos.
São diversos personagens que interagem e brincam com o público durante toda a noite: o capitão, o soldado, o caboclo, o Matheus, o Bastião, o diabo, a morte, o Jaraguá, entre outros personagens. Mas as figuras centrais são mesmo o mestre ou guia e o cavalo marinho que divertem os presentes enquanto a música e a poesia ressoam:

"Cavalo Marinho 
Dança no terreiro
Que a dona da casa
Tem muito dinheiro

Cavalo Marinho 
Dança na calçada 
Que a dona da casa 
Tem galinha assada

Cavalo marinho 
Chega mais pra frente
Faz uma misura 
Pra toda essa gente

Cavalo marinho 
Já são horas já
Faz uma voltinha
E vai pro seu lugar"

Show do Grupo Zabelê na 31º Festa Uai de Poços de Caldas, 2013


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Zabelê 30 anos








O Grupo Parafolclórico Zabelê de Pirapora completa 30 anos de História em 2014. A nossa festa é tem Catira, Congado, Carimbó, Pau-de-fitas, Danças Rurais, Ciranda, Coco de Roda, Xaxado. Na nossa festa tem o Boi e o Cavalo Marinho dançando no terreiro. Tem a Bandeira do Divino e os cortejos a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Tem os Três Reis Magos seguindo a estrela guia. Na frente, vai a Bandeira do Zabelê saudando o povo brasileiro e pedindo licença aos donos da casa para dançar e cantar por mais 30 anos. 
Viva o Zabelê! Viva a Cultura Brasileira!





























A história do Zabelê se mistura com a história do povo de Pirapora. Nestes 30 anos de estrada dezenas de pessoas passaram pelo grupo ajudando a escrever a trajetória de sucesso e a conquistar o reconhecimento que o grupo tem hoje na comunidade. 

Por isso é justo dizer OBRIGADO a todos que fazem parte dessa história:


Mariângela Diniz (fundadora), Rafael Oliveira, Jean Matheus, Erasmo Carlos, Anderson Braga, Flávia Santos, Juliana Santos, Veridiana, Vanessa, Anne Caroline, Cida Félix, Jordana, Renatinha, Renata Souza, Rivana, Daniel, Adan, Elaine Ramos, Maria Tereza Diamantino, Willian, Rodrigo, Patty Santos, Pepeh Paraguassu, Félix, João "Sanfoneiro", Valdemar, Junin "Tuzin", Natália Ribas, Larissa, Robson Mourão, Leandro, Paola, Marcílio, Gilca, Gilza, Marcela, Jenylson, Eduardo "Dudu", Sônia Lago, Fabiane Ribeiro, Aline, Danizinha, Daniele Santos (Danizona), Cintia Moura, Lorena Moura, Paulo Altoé, Walbert, Cristiane Ramos, Roberta Vargas, Fernanda, Diego, Felipe (Pufe), Clésio, Cicilin, Sarah Marchionatti, Dona Ivone, Carol, Renan, Alexsander Bruno, Rafael Maia, Tainá Maia, Paulino, Josimara, Juliana, Everton (Lobão) e tantos outros.


São muitos os que fazem parte dessa história... O Zabelê faz 30 anos e a festa é de todos nós.

Coral do Grupo Zabelê

As danças folclóricas não existiriam sem os batuques, as sanfonas, violas, as cantigas, as quadras e os estribilhos.

O coral do Grupo Zabelê é formado por 13 músicos piraporenses da melhor qualidade.

Mariângela Diniz - Caixa e vocal
João Ferreira - Sanfona
Félix - Violão
Rafael Oliveira - Vocal 
Cida - Vocal e percussão (efeitos)
Junin "Tuzin" - Percussão
Natália Ribas - Vocal
Maria Tereza - Vocal
Gilca - Vocal
Gilza - Vocal
Clésio - Vocal e percussão (efeitos)
Tuquinha - Cavaquinho
Valdemar - Pandeiro